terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bira continua como o goleador da competição

Na ultima quarta-feira (11), na solenidade de abertura oficial do Campeonato Paraense 2012, a Federação Paraense de Futebol (FPF) aproveitou a importância de que neste ano se disputa a competição pela centésima vez, para homenagear o ex-jogador e atacante Ubiratan do Espiro Santo, mais conhecido como Bira. Bira recebeu um belo troféu da FPF em homenagem por ter sido o maior artilheiro em uma única temporada do Campeonato Paraense, ao longo desses 100 anos de disputa. Ele marcou 32 tentos em 1979. Além da homenagem recebida em Belém, Bira também já foi homenageado no Rio Grande do Sul, por pertencer ao elenco do Internacional que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1979, de forma invicta. Mas foi em Belém, vestindo o manto azulino, que Bira se projetou para o futebol nacional. Porém, no percurso e nas anuências da vida, por pouco, o maior artilheiro do futebol paraense não começou sua carreira profissional vestindo azul e branco. “Foi em 1976, quando cheguei ao Paysandu para disputar o Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas houve uma briga jurídica que me impossibilitou de jogar pelo Paysandu. Com isso, teve um diretor que chegou e falou que eu não ia ter vez, que eu não jogava nada, por isso o Paysandu não precisava de mim. Daí voltei para Macapá, mas graças ao Doutor Manoel eu comecei a jogar no Remo, no mesmo ano”, contou Bira. Nos três anos que passou pelo Clube do Remo (1977, 1978 e 1979), Bira foi tricampeão paraense e se recorda que em 1979 o Papão contratou o atacante Dadá Maravilha. “Em 79 veio o Dadá. Chegou falando que tinha o gol chamado ‘Sossega Leão’. Daí, em entrevista, eu falei que eu tinha o gol ‘Sossega Dario’. Veio o Re-Pa e logo aos três minutos do primeiro tempo eu marquei um gol, dei uma volta completa no estádio e em seguida abracei o Dadá. Naquele ano marquei 32 gols e ele apenas 16”. Quando perguntado sobre qual seria a fórmula que os atacantes deste Estadual deveriam seguir para marcar muitos gols, Bira isentou os homens de frente e colocou toda a responsabilidade da falta de gols nos técnicos. “A gente nota que eles começam muito bem, como foi o caso do Rafael Oliveira e do Leandro Cearense. Mas, quando o campeonato vai se afunilando, os treinadores começam a jogar na retranca para garantir uma vaga na final. Então isso faz com que os jogadores de ataque comecem a diminuir os gols”, declarou Ubiratan, que falou da possibilidade de alguém ultrapassar seu recorde de gols em uma só temporada. “Bom, para baterem os meus 32 gols em uma temporada, tem que fazer mais de 25 para superar o segundo colocado, que também sou eu”, concluiu rindo. (Diário do Pará)

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