O Diretor Geral de Arbitragem da Federação Internacional de Judô, Juan Carlos Barcos, ministrou neste sábado (6) palestra sobre as novas regras do judô para cerca de 300 árbitros de diversos estados brasileiros no auditório do Corinthians, em São Paulo. Entre os presentes de lugares como SP, RJ, DF, MS, RN, PI, MA, AP, destaque para dois árbitros FIJ A, membros da recém-criada Comissão Nacional de Arbitragem, Edson Minakawa e Marilaine Ferranti. O presidente da CNA, Prof. José Pereira, e os técnicos das seleções brasileiras sênior e júnior, Luiz Shinohara e Henrique Guimarães, também prestigiaram o evento, ao lado do presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira e do presidente da Federação Paulista, Francisco de Carvalho, entre outras autoridades.
“Gostaria de agradecer à Federação Paulista pela parceria em organizar esse seminário que, sem dúvida, dará um novo rumo à arbitragem no Brasil”, disse o presidente da CBJ. “Acabamos de instituir a Comissão Nacional de Arbitragem, da qual fazem parte oito árbitros FIJ A e oito FIJ B. Com isso pretendemos organizar e padronizar nossa arbitragem. Estamos felizes por poder oferecer, pela primeira vez, um seminário como esse no Brasil”, acrescentou Paulo Wanderley Teixeira.
Para o presidente da Federação Paulista, Francisco de Carvalho, a evolução da arbitragem vai de encontro à chegada de eventos internacionais ao país.
“Nossa arbitragem deve estar em um nível alto para acompanhar esse processo. Agradeço ao presidente da CBJ pela oportunidade de termos no Brasil competições como Mundial, Grand Slam e Copa do Mundo”, afirmou Carvalho.
O árbitro paulista Edson Minakawa, líder do ranking da FIJ e, por isso, considerado o melhor da atualidade, também valorizou o encontro deste sábado.
“É importante ter o Barcos aqui passando as informações de forma precisa. O judô só tem a crescer”, falou Minakawa.
Já o técnico da seleção brasileira sênior, Luiz Shinohara, fez questão de participar do encontro para esclarecer todas as dúvidas sobre as novas regras, de modo a passar as melhores instruções para seus comandados.
“Essa iniciativa é importante para o judô e é bom ver como a adesão por parte dos árbitros foi grande”, comentou Shinohara.
Juan Carlos Barcos começou sua palestra explicando os motivos que levaram a FIJ a alterar as regras, proibindo principalmente golpes diretos sob a linha da faixa.
“Mudamos a regra porque nosso esporte estava perdendo seus princípios básicos. O que queremos é um judô limpo”, afirmou o espanhol, elogiando também o judô do Brasil. “Em todo o mundo, quando dou minhas palestras, cito dois exemplos de países que traduzem perfeitamente o espírito do judô: Japão e Brasil. Eles são exemplos a seguir. Um bom judô não é apenas a técnica, mas todos os aspectos do esporte como a entrada no tatame, a saudação, o respeito às regras e aos árbitros, o saber perder e ganhar”, acrescentou Barcos.
Para o dirigente máximo da arbitragem mundial, os árbitros devem procurar estar sempre perto dos tatames, seja vestindo o quimono eventualmente para experimentar técnicas novas, seja conversando com técnicos e atletas em atividade. E fez questão de frisar:
“As regras têm que ser simples e claras”, sentenciou. “Usamos a regra para favorecer o judô, esse é o princípio”, concluiu, enfatizando que qualquer decisão de punição com hansokumake, por exemplo, deve ser tomada a partir do bom senso e tendo unanimidade de decisão entre os três juízes.
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