quarta-feira, 20 de abril de 2011
Coluna "Abrindo o Jogo"
O CRAQUE SUMIU
Uma pergunta tem inquietado o futebol amapaense nos últimos tempos. O que aconteceu com os nossos clubes que não revelam mais craques? O futebol amapaense chegou a ser um grande celeiro de talentos que brilharam no futebol brasileiro. A década de 70 talvez seja o momento do grande “boom“ de exportação dos nossos craques. Nesse período, o nosso maior mercado era o futebol paraense, e diga-se de passagem, um tempo em que o Pará praticava um futebol de alto nível ao contrário dos dias atuais. Como torcedor posso me orgulhar do privilégio de ter acompanhado de perto jogadores como Albano, Aldo, Bira, Marcelino, Jasson e tantos outros.
O que mais preocupa aqueles que amam o esporte bretão é que esses talentos foram descobertos nos tempos do futebol amador. O grande paradoxo é que nesse período os clubes amapaenses eram mais organizados e os campeonatos mais disputados, e quase sempre com estádios lotados. Com a implantação do futebol profissional nenhum jogador chegou a se destacar tanto quanto os craques do passado. Para os mais antigos, o profissionalismo afundou nosso futebol, vez que, os clubes, na maioria precisam sempre da ajuda do poder público para sobreviver.
Por isso, os dirigentes devem, urgentemente, repensarem nosso futebol. Profissionalizaram os clubes e esqueceram de profissionalizar seus comandantes. A responsabilidade é de todos.
Somente assim poderemos ter orgulho de vermos novamente nossos craques desfilando e honrando o nome do Amapá, Brasil afora. Do contrário, viveremos de um passado que fica cada vez mais distante do presente.
Delman Costa
Sociológo e assessor da Sedel
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