quarta-feira, 6 de abril de 2011

COLUNA DO DELMAN



CRAQUE FATIADO

Com o advento da Lei Pelé, o futebol brasileiro teve modificada, totalmente, a relação entre clube e jogador. A liberdade do jogador de escolher onde jogar é uma batalha que teve início ainda na década de 70, e que teve no jogador Afonsinho o precursor dessa luta. Todos que acompanham o futebol são sabedores que anterior a Lei Pelé, o clube era que detinha o passe do jogador, considerada uma relação quase que escrava. Não é de negar que a Lei Pelé foi um avanço significativo para que o jogador fosse mais respeitado e dono de seus próprios caminhos de escolha. Entretanto, não há de se negar, também, que os clubes têm sido vítimas dessa modificação.

Os clubes brasileiros atualmente estão totalmente dependentes dos empresários. São eles que determinam o que “seus jogadores” devem fazer ou não; e ditam as normas do jogo. Se nada for feito de imediato, o futuro do futebol brasileiro pode ser preocupante, pois, ainda na base, esses garotos já estão presos a empresários. Cada vez mais temos visto jogadores fazerem sucesso no futebol europeu, sem terem disputado uma única partida pelo clube que os projetou.
Recentemente, o futebol brasileiro tem acompanhado a queda de braço entre o Santos Futebol Clube e os empresários do jogador Paulo Henrique, o Ganso, puro exemplo dessa problemática. O clube fatiou parte de seu passe e agora o jogador reivindica aumento de salário e redução da multa rescisória. O clube paulista tem a menor parte, e maior gasto, pois é ele quem paga seus salários. Que isso sirva de exemplo para outros clubes.
O jogador tem todo direito de ter alguém cuidando de seus interesses, agora nunca deve um clube ficar à mercê de ver seus jogadores serem fatiados como gado em matadouro.

DELMAN COSTA



 

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